7ª Regional de Saúde amplia quantidade de leitos de enfermaria, 15 deles em Coronel Vivida

"Precisamos pensar diferente um pouco. Leitos não são garantia de vida. E, sim, os cuidados básicos de afastamento, higienização. Isso sim faz a diferença", diz o chefe da regional, Anderson Carlos Nezello

Crédito: Arquivo/Paloma Stedile

Crédito: Arquivo/Paloma Stedile

Nesta sexta-feira (19), o chefe da 7ª Regional de Saúde, Anderson Carlos Nezello, confirmou o credenciamento de 25 novos leitos de enfermaria nessa área que, além de Pato Branco, abrange outros 14 municípios.

Desses, 15 no Instituto Médico Nossa Vida, em Coronel Vivida; e dez no Hospital São Judas Tadeu, de Mangueirinha.

Com isso, a regional passa a ter um total de 74 leitos de enfermaria. Os outros estão situados em Pato Branco, no Instituto de Saúde São Lucas – Issal (6) e na Policlínica Pato Branco (16); em Chopinzinho, no Instituto São Rafael (20); e, em Palmas, no Hospital Santa Pelizzari (7).

Esses leitos atendem não só os 15 municípios da região, mas a macrorregional Oeste.

UTI

Quanto aos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Nezello afirma que se mantêm em 28, dos quais oito estão em Pato Branco; dez em Chopinzinho; e dez em Palmas.

Ele afirma que é muito difícil a abertura de novos leitos de UTI na região, sobretudo devido à parte humana.

"Há uma situação de cansaço físico, psicológico, emocional. Não existe possibilidade de outras pessoas adentrando a rede para compor a equipe. E, mesmo que houvesse, elas precisariam de capacitação para tal e isso não se dá da noite para o dia. É um momento bem ruim. Já passa de um ano que estamos nessa situação, que não dá uma trégua sequer".

Ele acrescenta que está sendo buscado de toda forma, aonde há possibilidade.

"É preciso ter entendimento que para ter uma UTI não basta só abrir a porta. Precisa de rede de tubulação de oxigênio, de ar, de água, ventilação, bem como precisa ter isolamento e acesso. Enfim, vários detalhes que condicionam a abertura. Além de, obviamente, a equipe em si. Então tudo isso precisa ser planejado e organizado; tem todo um processo".

O chefe da regional ainda destaca que a população precisa se conscientizar que leitos de UTI não são garantia de vida.

"Precisamos pensar diferente um pouco. A vacina está aí, chegando aos poucos, mas é um momento de todos refletirem e fazerem os cuidados básicos, de afastamento, distanciamento, higienização. É isso que vai dar garantia de não utilização de leitos. Porque usar os leitos não garante a vida. Mas cuidar em casa com os detalhes menores, isso sim faz diferença".