'NÃO ME VEJO MORANDO NA CIDADE, TENHO ORGULHO DE SER AGRICULTORA', DIZ ELISANGELA, PRODUTORA DE MEL

Seguindo com a série "Mãos que fazem", hoje contamos a história de Elisangela Maria Ceratti Loregian, produtora de mel e panificados em Coronel Vivida

Crédito: Marti Donel

Crédito: Marti Donel

Elisangela Maria Ceratti Loregian mora na comunidade de Nossa Senhora da Salete, interior de Coronel Vivida (PR), há mais de 20 anos. Filha de agricultores, desde pequena tem contato com as atividades do campo. Uma delas é a apicultura, algo que a marcou tanto, que acabou herdando para a propriedade dela e de seu esposo, Ivo Loregian.

A princípio, o casal tinha como principal atividade o leite, seguidos de soja e milho. Além disso, produzia mel para o consumo próprio e de pessoas próximas.

"O meu pai (em memória) trabalhava com a produção de mel, então desde pequena o ajudava. Depois que casei, parei por um tempo. Como um dos meus cunhados, que trabalhava com isso, foi embora, compramos suas caixas e outras coisas que ele tinha para a apicultura e começamos há cerca de 15 anos", relembra Elisangela.

Ela conta que, em abril do ano passado, o casal conseguiu o Serviço de Inspeção Municipal (SIM); e, sete meses depois, obteve o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF), para a comercialização do mel, que é produzido na propriedade, no apiário Néctar das Flores, por ela, o esposo e o filho Luciano.

Com isso, a família resolveu focar na produção de mel, comercializando-o na feira da agricultura familiar (que ocorre nas quartas e sextas-feiras, na praça José Auache), além do Supermercado Floriano, Açougue Gewan, Açougue Schneiger e na ProSaúde.

Como a produção é sazonal (geralmente entre os meses de novembro e março), ela conta que a quantidade produzida pelo apiário é em torno de 700 quilos por ano.

Além disso, a família produz deliciosos panificados, os quais também são comercializados na feira: grostoli, palitinho salgado, bolacha e cuca.

"Trabalhar na agricultura é puxado, cansativo, mas nasci e me criei no campo. Não me vejo morando na cidade; não me acostumaria. Tenho orgulho de ser agricultora", declara Elisangela, afirmando que a feira da agricultura familiar, para ela, é uma segunda família.

"Gosto muito de participar da feira, pelas amizades que fizemos não só com as demais agricultoras, mas também com os clientes. Sem contar a fonte de renda que obtemos por meio dela, sendo que a procura tem sido cada vez maior", finaliza.

Agradecimento à Floricultura Flores e Cia, em Coronel Vivida, pela gentileza em disponibilizar o espaço para as fotos.

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https://portalvividense.com/noticia/8556/projeto-maos-que-fazem-contara-historias-das-mulheres-da-feira-da-agricultura-familiar-de-coronel-vi.html