MORTALIDADE MATERNA CAI 82% NO PARANÁ EM 2022, APONTA LEVANTAMENTO DA SAÚDE

Crédito: Ari Dias/AEN

Crédito: Ari Dias/AEN

O número de óbitos maternos caiu 82,5% no Paraná e a chamada Razão de Mortalidade Materna (RMM), comparação com o número de nascidos vivos, também registrou queda, de 73%. Essas informações foram destaque durante a apresentação do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) da Secretaria de Estado da Saúde, nesta semana, na Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Segundo dados parciais do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (Sinasc), até setembro deste ano foram registrados 31 óbitos maternos, contra 178 ao longo de todo o ano de 2021.

Já a RMM é calculada pelo número de mortes, dividido pelo número de nascidos vivos e multiplicado por 100 mil. No último ano (janeiro a dezembro) a RMM fechou em 125,7, grande parte motivada pela fase mais crítica da pandemia da Covid-19. Em 2022, com o avanço da vacinação contra a doença, a RMM, até setembro, é de 33,2. Os dados são considerados parciais e sujeitos a alterações.

"O índice que usamos para calcular a Razão de Mortalidade Materna indica principalmente a qualidade da Atenção à Saúde prestada às mulheres e por este motivo essa queda é tão significativa. Sabemos que a Covid-19 impactou muito neste processo, mas hoje com os ótimos índices de coberturas vacinais contra a doença podemos enxergar a diminuição dessas mortes e assegurar que o Paraná tem qualificado esse atendimento cada vez mais", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Dados

A apresentação do RDQA também mostrou que a Sesa já assegurou R$ 3 bilhões em despesas empenhadas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) de janeiro a agosto deste ano, equivalente a 9,84% da previsão legal de 12% da Receita Líquida de Impostos pelo Governo do Estado (R$ 50,9 bilhões). Os recursos ajudaram a custear programas preventivos, obras, aquisição de equipamentos, diárias e manutenção de toda a estrutura regionalizada de saúde.

Ainda segundo a apresentação, o Paraná registrou até agosto mais de 10,7 milhões de procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade nos atendimentos eletivos e de urgência, perfazendo mais de R$ 195,6 milhões investidos, além de 39,9 mil medicamentos dispensados nestes procedimentos, num total de R$ 18,9 milhões. Já nas produções hospitalares, foram 148,1 mil procedimentos, num total de R$ 263 milhões.

Somente para atendimento à saúde mental, uma das linhas que têm recebido atenção diferenciada, foram realizados 15.944 atendimentos ambulatoriais, num valor de R$ 90 mil, além de 6.228 procedimentos hospitalares, num custo de R$ 8 milhões.

"Essa prestação de contas apresenta bons números para este momento pós-pandemia, com a retomada de ações e serviços, com a melhora nos indicadores e uma grande execução dos serviços eletivos, mostrando claramente o potencial da vacinação e os benefícios que essa imunização trouxe", disse o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior.

O presidente da Comissão de Saúde Pública da Alep, deputado estadual Dr. Batista, agradeceu a apresentação e elogiou o trabalho desempenhado pela pasta. "A Secretaria de Saúde é muito capacitada, com profissionais bem preparados e esse momento é de extrema importância para que possamos avaliar como está o andamento dos atendimentos a saúde dos paranaenses", afirmou.