COM A PRODUÇÃO DE DERIVADOS DA CANA-DE-AÇÚCAR, LEILA É UMA DAS PRIMEIRAS AGRICULTORAS A PARTICIPAR DA FEIRA EM CORONEL VIVIDA

Seguindo com a série "Mãos que fazem", hoje contamos a história de Leila Ferreira, produtora de cana-de-açúcar e derivados em Coronel Vivida

Crédito: Marti Donel

Crédito: Marti Donel

Leila Ferreira é natural de Coronel Vivida e mora há mais de 26 anos na comunidade de São Brás. Desde quando casou, há 25 anos, ela é agricultora. Antes disso, trabalhava como babá.

Ela conta que, desde o início, a família faz o plantio de cana-de-açúcar, por meio da qual produz açúcar e melado. Contudo, a princípio, essa produção era destinada ao consumo da família; e, o pouco que excedia, era vendido para conhecidos.

"Meu sogro e minha sogra que produziam cana-de-açúcar antes. Porém, quando começamos a feira da agricultura familiar, há mais de 13 anos, resolvi também produzir para vender na feira", relembra Leila, que completa ser uma das primeiras agricultoras a fazer parte do grupo.

Ela recorda também como foi o primeiro dia de feira. "Era um sábado de manhã chuvoso, véspera do Dia das Mães. Foi tudo arrumado de forma improvisada, mas no final deu certo. Ao meio-dia, já tínhamos vendido tudo", diz, completando que, a princípio, a feira ocorria um sábado por mês. Depois passou a ser realizada nas sextas-feiras, a cada 15 dias; e, hoje, ocorre duas vezes por semana, nas quartas e sextas-feiras, na praça José Auache.

Produção

Além do açúcar e do melado, Leila produz e comercializa para a feira rapadura e puxa-puxa (a partir da cana-de-açúcar plantada em sua propriedade), macarrão, grostoli, feijão e milho. Tudo isso, produzido em conjunto com o seu marido Belmir Bolzanell dos Santos e a filha Ana Caroliny.

Para ela, é "puxado" trabalhar no campo, mas, ao mesmo tempo, é gratificante. "É trabalhoso, porque além da produção de melado e de açúcar, temos outras atividades. Porém, é gratificante vir à feira e vender todos os produtos", afirma, acrescentando que a feira é uma fonte de renda, que ajuda a completar os outros ganhos, como a soja e o milho.

"Além disso, é muito bom estar em contato com a comunidade, tanto com a população que nos apoia desde o início, como os clientes novos, que sempre vêm conhecer a nossa feira. Considero todos como uma família. Agradeço por acreditarem no nosso trabalho", conclui.