Apesar da leve alta na última semana de agosto, as cotações dos ovos apresentaram tendência de baixa ao longo do mês, o que derrubou a média mensal para o segundo pior patamar do ano, atrás somente do registrado em janeiro, acumulando quatro meses seguidos de desvalorizações mensais.
A elevada oferta de ovos, associada à baixa liquidez do produto na ponta final da cadeia, pressionou as cotações.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apesar da tentativa do setor de controlar a produção por meio de descartes das poedeiras mais velhas, muitas regiões tiveram dificuldades em negociar as galinhas com frigoríficos, o que limitou os descartes.
Na região de Bastos (SP), por exemplo, o ovo branco tipo extra teve preço médio de R$ 85,47/caixa de 30 dúzias em agosto, recuo de 1% frente ao de julho, mas ainda 6,1% acima da média de agosto/19, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de julho/20).
Para os ovos vermelhos, por sua vez, o recuo mensal foi de 1% em Bastos, com a caixa negociada na média de R$ 105,84 em agosto, ainda 15,5% acima da cotação observada no mesmo mês de 2019.