UMA MENTIRA FAZ TODAS AS VERDADES FICAREM DUVIDOSAS

Crédito: Arquivo pessoal

Crédito: Arquivo pessoal

Ser boazinha demais, gentil, atenciosa e extremamente simpática não fará a vida ficar mais colorida, leve, brisa, plena e florida.

Muitas vezes é necessário agir com cautela; ter o equilíbrio entre ser boazinha e dizer não.

Se não souber lidar com esse equilíbrio, sugiro que aja bruscamente no silêncio de seu interior para se descobrir. Algumas pessoas vivem diversas vezes uma mentira, um mundo criado para se sentir melhor.

O problema que pessoas e fatos não mudam porque você precisa. Eles mudam quando o ser deseja uma mudança; ou, quando cai na realidade por algum fato/acontecimento, não sabe; ou fica difícil discernir a verdade, já que ela se tornou duvidosa.

Mas aí você pergunta: "Será que toda nossa vida é de verdade [incluindo trabalho, pessoas], ou sobrevivemos criando essas mentiras e ilusões para tentar justificar os meios?".

É notória a importância da dúvida; possibilita exercer seu pensamento crítico e conceitos. Nossa vida é regrada de valores, ética, moral e dogmatismo.

René Descartes (1596 – 1650), filósofo renomado, cita que a verdade é uma busca constante feita pelo sujeito de pensamento livre e disposto a entrar na dinâmica. A dúvida faz com que o indivíduo questione o que parece óbvio na realidade; desse modo, o faz construir seu próprio pensamento, o qual sempre terá a clareza e a distinção.

Ao voltarmos aos dois questionamentos acima, veremos que podem ser verdades ou mentiras. Tudo depende da situação.

Podemos citar as críticas. Todas são construtivas, mas até que ponto ela é mentira, verdade ou duvidosa? Precisamos analisar fatos. A questão é como recebemos a informação, o que diferencia a crítica é se for útil ou inútil. A única crítica que podemos chamar de mentira é a destrutiva.

Essas mentiras fazem com que o indivíduo duvide de todas as outras verdades construídas.

Fato é admitir que toda humanidade mente. Para agradar, para sair de encrencas, para ser herói de algo nunca vivenciado. O filósofo Confúcio (551 – 479 a.C.) recomendava este apelo da falta da verdade quando prejudicasse uma família ou nação. Sábia ou não, a prática era passada de geração em geração.

Se para Confúcio era aceitável a mentira, já para Aristóteles (384 – 322 a.C) só aceitava duas maneiras de mentir: diminuindo ou aumentando uma verdade.

O problema é que a mentira se torna um habito, ínfimo. Muitos indivíduos mentem para ter assunto, tiram vantagens, ou para viver aquilo que queria que fosse verdade.

Algo para refletir toda vez que estar mediante a alguma situação duvidosa é o silêncio. Plutarco de Querência (45 – 125), filósofo, defende o silêncio na cura da tagarelice.

Cabe a cada ser definir o que é melhor para si. São diversos recursos filosóficos antagônicos; basta você saber discernir qual caminho deseja seguir.

#mentiraseverdades #artigo #filosofando #filosofia #pensamentos #frases #reflexao #mundo #sociedade #comparativo #opinião

*Jenneffer Kelly Nichelle é de Coronel Vivida. Formada em Filosofia, Pedagogia e História. Tem especialização em Metodologia do Ensino de História e Religião. Acadêmica de Biomedicina. Siga sua página no Instagram: https://www.instagram.com/motivando_filosofia/.