Vai pegar a estrada no feriado: confira as dicas para evitar o tipo mais frequente de acidente atendido pela PRF no Paraná

Responsáveis por mais de 20% do total de acidentes e feridos nas rodovias federais do Paraná em 2021; as colisões traseiras são subestimadas por muitos e podem ser evitadas com medidas simples

Nucom/PR Polícia Rodoviária Federal

Nucom/PR Polícia Rodoviária Federal

O período do final de ano é marcado pelo aumento do fluxo de veículos e usuários circulando pelas rodovias federais para os mais diversos destinos. Atentos a esta situação, como parte das ações do Programa Rodovida 2021, policiais rodoviários federais reforçam trechos estratégicos nos mais de quatro mil quilômetros de malha viária que cortam o estado, priorizando ações preventivas para redução da violência no trânsito.

O objetivo da PRF é garantir aos usuários a segurança viária, o conforto e a fluidez do trânsito.

A fiscalização e o policiamento orientado são intensificados por meio de rondas ostensivas nas rodovias e do posicionamento estratégico das viaturas e policiais ao longo dos trechos mais movimentados e considerados pontos críticos, pelo alto índice de acidentes e pela elevada taxa de cometimento de infrações de trânsito.

Um levantamento da PRF demonstra que em 2021, assim como em outros anos, as colisões traseiras foram o tipo de acidente mais frequente nas rodovias federais do Paraná, correspondendo a mais de 20% do total de acidentes registrados até dezembro deste ano.

Esse tipo de acidente está intimamente relacionado ao comportamento imprudente do motorista de não guardar distância de segurança do veículo que transita a sua frente e também foi responsável pelo maior número de feridos em acidentes nas BRs do estado, correspondendo à 20% do total de feridos.

Apesar de não serem as colisões mais fatais, estão longe de serem apenas "batidinhas de para-choques", como muitos acreditam. As colisões traseiras correspondem a mais de 10% das fatalidades, ficando atrás somente das colisões frontais, atropelamentos e saídas de pista, no número de mortos.

Deixar de guardar distância de segurança, além de ser uma infração de trânsito passível de multa, prejudica muito a fluidez do trânsito nas rodovias. Imprevistos podem acontecer e mesmo um motorista desatento é capaz de reagir em tempo a eles se mantiver uma distância segura do veículo da frente.

Além disso, não "andar colado" auxilia os veículos que tenham a intenção de realizar ultrapassagens e os veículos de socorro a intercalarem com agilidade e segurança os veículos que transitam a sua frente, diminuindo o risco de acidentes e melhorando a fluidez do trânsito.

REGRA DOS DOIS SEGUNDOS

Mantenha uma distância segura do veículo da frente. Uma boa distância permite que você tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situação de emergência e para que haja tempo também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir.

Uma regra simples que muitos não conhecem e que pode ajudar a evitar muitos acidentes e salvar vidas é a regra dos dois segundos. Em condições normais da pista e do clima, o tempo necessário para manter a distância segura é de, aproximadamente, dois segundos.

Essa distância, leva em consideração o trânsito dentro dos limites de velocidade estabelecidos, que é de 110 quilômetros por hora no máximo.

1. Escolha um ponto fixo à margem da via;

2. Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar;

3. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis palavras em sequência "cinquenta e um, cinquenta e dois".

4. A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos.

5. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a distância segura.

Para veículos com mais de 6 metros de comprimento ou sob condições adversas como chuva e neblina, aumente o tempo de contagem: "cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e três".