Vividense que mora na Itália conta experiência emocionante ocorrida nesta sexta-feira

Crédito: Arquivo pessoal

Crédito: Arquivo pessoal

O vividense Jean Carlos Zago e a sua esposa Ana Paula, que moram há dois anos em Verona, na Itália, passaram por uma experiência emocionante nesta sexta-feira (22), em frente ao prédio em que moram.

Jean é formado em Técnico em Enfermagem, desde 2011; e sua esposa em Administração. O vividense trabalha como cuidador de idoso; e ela na limpeza de residências e mercados.

Ele entrou em contato com o Portal Vividense e enviou o depoimento abaixo:

"Olá, gostaríamos de dividir essa experiência que minha esposa e eu tivemos, há poucas horas, aqui em frente ao nosso apartamento.

Estávamos saindo de casa, para irmos ao supermercado, quando na esquina vimos uma pessoa caída e um carro parado.

A primeira coisa que pensamos foi que aquele senhor havia sido atropelado, pois estava caído no chão.

Pedimos ao motorista o que havia acontecido e ele nos respondeu que aquele senhor já se encontrava caído quando ele chegou.

Então fomos até o senhor e o colocamos sentado e encostado no muro. Comecei a pedir seu nome, o que estava sentindo, mas sem resposta, pois estava muito confuso.

Foi então que comecei a verificar o pulso dele, se os batimentos estavam fracos. Em menos de um minuto ele teve uma parada respiratória, e minha esposa gritou que ele não estava respirando.

Assim, o deitamos, rasguei sua jaqueta e blusa para fazermos massagem nele, conseguindo reanimá-lo.

Depois, o deixamos de lado, mas teve outra parada respiratória. Iniciei novamente as manobras de massagem e, nesse momento, um senhor chamou a polícia e a croce verde (Samu).

Continuei com as manobras até a chegada dos profissionais. Eles continuaram com a massagem e o senhor foi encaminhado ao hospital aqui de San Bonifacio, com vida.

Essa foi a segunda experiência que tive com essa situação. A primeira foi dentro do hospital Policlínica, em Pato Branco, quando eu ainda era auxiliar de enfermagem.

Com certeza, hoje a adrenalina foi muito maior, pois havia muitos curiosos e alguns familiares no momento, aumentando ainda mais a tensão. Porém, graças a Deus, pude manter a calma e colocar em prática todo o aprendizado que tive no curso de Técnico em Enfermagem, profissão essa que amo.

Infelizmente, uma hora depois do ocorrido, a irmã desse senhor entrou em contato conosco e informou que ele faleceu.

Sinto muito, gostaria muito de poder encontrá-lo novamente. Na primeira situação, que ocorreu em Pato Branco, depois de três meses, o encontrei em uma loja. Ele, que estava junto com sua esposa, me reconheceu, bateu nas minhas costas e disse: 'foi você que me salvou, cara!'. Isso não tem preço", diz o vividense, lembrando que mesmo atualmente não exercendo a profissão de técnico em enfermagem, é algo que sempre estará em seu coração.

"Obrigado pelo espaço e por deixarem eu compartilhar essa experiência que não esquecerei tão cedo".