Recentemente, escolas do país publicaram cartas abertas aos pais dos alunos em que alertam que o conteúdo da série Round 6, novo fenômeno de audiência da Netflix, não é adequado a crianças e adolescentes abaixo da classificação indicativa, de 16 anos.
Educadores têm percebido que o público infantil está falando sobre a série no ambiente escolar e até reproduzindo alguns comportamentos que os personagens de Round 6 adotam quando disputam jogos infantis em busca de um prêmio em dinheiro. Aparentemente, para quem não assistiu ainda, não parece nada fora do normal. Porém, jogadores eliminados nas disputas são assassinados.
A preocupação dos profissionais de escolas com o impacto de Round 6 no comportamento de crianças e adolescentes é o tema da edição 35 do Reverberando, transmitida ao vivo no YouTube. Lyncon Busatta, Mateus Guima e Thiago Denardi conversaram com Silvana Santos, que é psicóloga e psicopedagoga, e Cleverton Silva, professor e diretor escolar.
Para os convidados, não há dúvida de que a série pode impactar no comportamento desse público. Isso não significa que crianças e adolescentes vão passar a cometer atos de violência porque viram Round 6. No entanto, alguns valores importantes para o convívio em sociedade tendem a ser deixados de lado.
Entre as observações de Silvana e Cleverton, uma das mais importantes é a de que não basta aos pais proibir os filhos de assistirem porque, com o acesso facilitado às redes sociais e plataformas de streaming, como hoje em dia, o contato com o conteúdo é quase inevitável. Para os educadores, o melhor caminho é conversar sobre a série e expor, com bons argumentos e reflexões, por que ela não deve ser vista.
Veja o Reverberando #35: