O pior "apagão" das plataformas pertencentes ao grupo Facebook (Instagram, WhatsApp e Facebook) desde 2008 não afetou apenas as interações em redes sociais, na Ășltima segunda-feira (4). Prejudicou também as vendas dos pequenos negócios, que usam essas mĂdias como ferramenta de divulgação e vendas.
De acordo com pesquisa feita pelo Sebrae, sete em cada dez empreendedores brasileiros jĂĄ trabalham com vendas on-line. Desses 84% via WhatsApp, 54% via Instagram e 51% pelo Facebook.
Ainda, conforme levantamento do Sebrae, os negócios dos setores de varejo e serviços, que comercializam diretamente para o consumidor final, são mais impactados quando canais de relacionamento com o pĂșblico saem do ar.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, afirma que as micro e pequenas empresas dependem cada vez mais dessas redes sociais para divulgação, relacionamento com os clientes e para fechar negócio.
"No inĂcio da pandemia (maio de 2020), o percentual de empreendedores que utilizavam as redes sociais era de 59%. Com as restrições de abertura e com o isolamento, os pequenos negócios tiveram que inovar e mudar a forma de vender e de divulgar seus produtos e serviços. Desse modo, em alguns segmentos, o nĂșmero de empresas atuando no ambiente virtual teve um incremento superior a 20%", comenta.
A orientação do Sebrae é que o empreendedor não fique refém de apenas um canal de comunicação e, neste caso, até de um Ășnico grupo empresarial.
"Atuar em mais de uma rede social, bem como montar um cadastro de clientes com telefone e e-mail são alternativas que podem ajudar em um momento como este ou até mesmo de sequestro da conta por algum hacker", alerta o analista de Competitividade do Sebrae, Ivan Tonet.
Ele acrescenta que é interessante que os pequenos negócios avaliem a possibilidade da criação de um site institucional, loja virtual ou de atuarem em marketplaces e apps.
Essa diversificação de canais permite ampliar acesso ao pĂșblico consumidor e ficar menos exposto ao risco da atuação concentrada em um Ășnico canal de vendas.