Nem um exemplo de superação, nem uma guerreira. A contadora e professora, Luciana Dorini, não simpatiza muito com essas formas bastante utilizadas por alguém quando se refere a ela (nós mesmos, inclusive), mas entende que a intenção das pessoas é a melhor possível. Ela gosta mais da ideia de ser uma inspiração para muita gente.
Desde criança, Lu convive com um hemangioma no rosto, que é uma área que cresceu devido à grande quantidade de vasos sanguíneos muito irrigados. Quando ela nasceu, havia apenas uma pequena mancha na face.
Na infância, começaram os sangramentos, só que eles eram internos e foi assim por bastante tempo. Em seguida, veio o diagnóstico, acompanhando de uma informação médica equivocada: a de que ele diminuiria com o tempo.
O que aconteceu foi o contrário. O hemangioma começou a aumentar e teve a maior fase de crescimento quando ela já era adulta. Na adolescência, Lu decidiu se submeter a uma cirurgia, a primeira de 19 que fez até hoje e a única com intenção estética, a remoção. Não deu certo e, naquele instante, descobriu que teria de conviver para sempre com o tumor.
Provavelmente, muita gente teria uma atitude negativa diante de uma situação assim, tão difícil. Não ela. Lu não só passou a se aceitar e a viver muito feliz, como se tornou, com o tempo, uma referência para quem tem problemas de autoestima.
Hoje, ela compartilha conteúdos nas redes sociais, é palestrante, mentora motivacional e escritora. Tudo isso tem um único objetivo: ajudar todas as pessoas que puder a superarem suas barreiras e perceberem que a vida é boa demais para não ser vivida.
Do começo ao fim, o relato da Luciana Dorini para Lyncon Busatta, Mateus Guima e Thiago Denardi, na edição 28 do Reverberando [projeto desenvolvido paralelamente pela rádio Máxima FM], transmitida ao vivo no YouTube, é emocionante e, como dissemos no começo, inspirador.
Assista: