Os dados nacionais do Vacinômetro do Ministério da Saúde apontam que o Paraná está em segundo lugar em número absoluto de vacinação de gestantes e puérperas no País, com 32.952 doses aplicadas – 31.876 com a primeira dose e 1.076 totalmente imunizadas. O público é considerado prioritário nos planos federal e estadual.
Pernambuco é o estado com maior número geral, com 35.767 doses aplicadas, e na terceira colocação está Minas Gerais, com 31.445. Estados mais populosos, como Bahia e Rio de Janeiro, aparecem em 4º e 11º, respectivamente. O total geral de gestantes e puérperas vacinadas no Brasil até o momento é de 267.179 (primeira dose).
No Paraná, o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 inclui as gestantes e puérperas no grupo prioritário de pessoas com comorbidades entre 18 a 59 anos, com 1.328.677 pessoas. Desse total, 499.995 pessoas com comorbidades e 31.876 grávidas/puérperas tomaram a primeira dose, 40% do estimado.
"Gestantes e puérperas são uma grande preocupação do Governo do Paraná em todos os serviços de atenção e cuidados. Além dos dados globais, o Estado saiu na frente na recomendação para vacinação de gestantes e puérperas até 45 dias após o parto, sem comorbidades, com imunizantes que não contenham vetor viral. Fizemos nossa recomendação dez dias antes da recomendação nacional, o que que acelerou a proteção sobre esse público", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Gestantes e puérperas são o 11º grupo prioritário mais vacinado no Paraná até o momento. A maioria têm entre 25 e 29 anos (9.094 doses aplicadas) e 30 e 34 anos (8.548). Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais e Guarapuava lideram entre as cidades.
Vacinação nesse público
O Paraná começou a imunizar gestantes e puérperas em maio, conforme o fim da imunização nos idosos. No dia 13, no entanto, seguindo recomendação federal, o Estado orientou a interrupção temporária da vacinação contra a Covid-19 em gestantes e puérperas sem comorbidades.
Em Nota Técnica, no dia 11 de junho, no entanto, a Secretaria de Estado da Saúde voltou a incluir todas as gestantes e puérperas até 45 dias após o parto, com a presença ou não de comorbidades, no Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, utilizando vacinas que não contenham vetor viral, ou seja, Sinovac/Butantan (Coronavac) ou Pfizer/BioNTech (Comirnaty), e respeitando a decisão e autonomia da mulher.
O documento considerou o aumento de óbitos maternos por Covid-19 e a necessidade de imunizar este público com velocidade, especialmente pela segurança que a vacinação garante.
Em 2020, segundo a Sesa, ocorreram 80 óbitos maternos totais (67 declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade e 13 em processo final de análise), sendo que 17 desses foram por Covid-19 (21,2%). Neste ano, até 17 de junho, foram 93 óbitos maternos totais (62 declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade e 31 em processo de análise), sendo 63 por Covid-19 (68%).
"Inúmeras são as ações de Atenção e Vigilância em Saúde com o intuito de diminuir estes números. Dentre elas a imunização das gestantes e puérperas contra a Covid-19. O conhecimento e as experiências adquiridas no decorrer da pandemia nos evidenciam que é preciso continuar a destinar doses para esse público", disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Neste domingo (20), em reunião extraordinária virtual da Câmara Técnica Assessora de Imunizações e Doenças Transmissíveis, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de gestantes e puérperas contra a Covid-19, mesmo sem comorbidades, com vacinas de vírus inativado (Coronavac) ou Plataforma de RNA (Pfizer), medida que já era adotada no Paraná desde 11 de junho.