Presidente do CMDCA participa de sessão da Câmara dos Vereadores em Coronel Vivida

Na ocasião, Marilde Lodi Manica reforçou que todos têm a responsabilidade de proteger as crianças e os adolescentes, bem como destacou os meios para denunciar abusos sexuais

Crédito: Portal Vividense

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A convite do presidente da Câmara dos Vereadores de Coronel Vivida, João Carlos Bertelli, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Marilde Lodi Manica, participou da 14ª sessão ordinária — ocorrida na última terça-feira (18).

Na oportunidade, ela explanou aos membros do Legislativo e aos demais presentes na sessão um pouco sobre o Conselho, o qual acompanha o funcionamento e delibera sobre as ações que devem ser voltadas para crianças e adolescentes, tendo como entidades de atendimento a AABB Comunidade, a APMI e a APAE.

Marilde explicou que o CMDCA é composto de forma paritária, com membros e entidades governamentais e não governamentais. Também observou que o CMDCA e o Conselho Tutelar trabalham de forma paralela, sendo que um executa e elabora políticas públicas, enquanto que o outro faz o atendimento na ponta.

Ainda, organiza as conferências, eventos e fóruns, que devem buscar a participação das pessoas quanto aos assuntos que envolvem as crianças e os adolescentes.

Além disso, durante sua participação, Marilde destacou sobre o Dia Nacional de Combate ao abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio.

Em Coronel Vivida, segundo ela, nos últimos três anos, mais de 100 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram registrados. "Considerando também que muitos casos só vêm à tona mais tarde, quando a escola [por um déficit de aprendizagem ou comportamento inadequado de relacionamento dos adolescentes] realiza um estudo de caso e percebe que essa pessoa pode ter sido vítima de abuso sexual", observou.

A presidente do CMDCA ressaltou também que a escola é um dos meios que mais pode perceber casos de violência sexual. "Neste momento, contamos com esse agravante que é a pandemia, deixando de detectar e evitar muitos casos. Porque o índice maior de situações de violência sexual acontece nos lares entre familiares; pessoas próximas da família".

Assim, Marilde observou que a família, a sociedade e o poder público devem ser envolvidos na discussão e nas atividades propostas em relação à prevenção ao abuso e exploração sexual, alertando principalmente que as vítimas, em sua grande maioria, não têm a percepção do que é o abuso sexual.

"O Artigo 18 do ECA diz que: "Todos somos responsáveis pela proteção das crianças e adolescentes. Familiares, vizinhos, amigos, enfim, qualquer pessoa que perceber a suspeita de violência é responsável". Assim que for identificada a violência sexual, antes mesmo de conversar com a vítima, é importante entrar em contato com profissional que possa colaborar e dar o encaminhamento correto de acordo com o caso".

Ela reforçou o pedido para que a população ajude, denunciando os casos, por meio do canal Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. "A ligação é gratuita, funciona todos os dias da semana, por 24h, inclusive sábados, domingos e feriados. A denúncia pode ser feita também na Polícia Militar, pelo número 190; ou Polícia Rodoviária Federal, pelo 191. O sigilo é garantido. Faça bonito: proteja nossas crianças e adolescentes".