Há muitos anos existe o Dia Nacional do Assistente Social, celebrado no último sábado, 15 de maio. A data surgiu em homenagem à regulamentação da profissão, que está presente em toda a sociedade, em vários segmentos.
Aqui na região, a atuação é mais conhecida na assistência social. Contudo, é bem mais abrangente, defendendo causas da criança, do adolescente, do idoso, das pessoas negras, da comunidade LGBT, além da prevenção de violência contra a mulher e atendimento às pessoas com deficiência. Com isso, buscando a garantia de direito para todos.
Na Prefeitura de Coronel Vivida, por exemplo, há seis profissionais da área em atuação: Aline Santos Canova, Ana Paula dos Santos Andrade, Carla Schwade, Larissa Boca Santa, Rosilda Prebianca e Solange Silva.
Larissa é a assistente social que há mais tempo trabalha junto ao Município: 16 anos. Ela conta que ingressou por meio de uma oportunidade oferecida pelo então prefeito Pedro Mezzomo e pelo secretário Olmar Wessolowski (Gabeira).
"Este foi meu primeiro trabalho na área, sendo que em 2007 ingressei definitivamente após concurso público", recorda, informando que sua formação é Serviço Social pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) - Campus Guarapuava, em 2004.
Ela também tem especialização em Políticas Públicas e Atendimento Sociofamiliar; e em Gestão em Serviço Social.
"Durante 13 anos atuei no órgão gestor da Secretaria de Assistência Social, sendo que hoje estou na Secretaria de Saúde, junto ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I), onde trabalho na área de saúde mental e dependência química por álcool e outras drogas".
Larissa explica que seu papel — enquanto assistente social junto ao CAPS I — é contribuir para a efetivação do atendimento aos usuários e suas famílias, durante o processo de tratamento, usando de todas as possibilidades que estejam ao seu alcance para proporcionar a inclusão social com base nos direitos do cidadão.
"Na perspectiva de assegurar o acolhimento e a garantia de direitos, trabalhando com a identificação das necessidades socioassistenciais, por meio de ações e orientações referentes aos direitos sociais específicos, articulação com a rede de proteção social, atuando com atendimentos individual, familiar e visitas domiciliares".
Para a profissional, o dia 15 de maio é uma data em que se comemora o Dia do Assistente Social. Porém, muito mais do que isso, é um momento para que seja dado visibilidade à profissão e suas bandeiras de luta, mostrando à população a sua importância.
Aline
Aline Santos Canova é a segunda assistente social atuando há mais tempo na Prefeitura de Coronel Vivida. Formada em Serviço Social pela faculdade Unilagos de Mangueirinha (em 2007), também possui duas pós-graduações: uma na Elaboração e Gestão de Projetos e a outra em Atendimento Sociofamiliar.
Ela ingressou no Município há mais de nove anos, quando foi convocada após a realização de concurso público. Durante todo esse tempo, atuou junto ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e, atualmente, é a responsável técnica do órgão gestor da Secretaria Municipal de Assistência Social. Hoje também é assistente social na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Honório Serpa.
Mas antes disso, segundo Aline, atuou em outros lugares. Começou ainda na faculdade, como estagiária, em projetos que trabalhavam com crianças e adolescentes. Estagiou também no antigo SAS — hoje Centro de Socioeducação (CENSE), que atende adolescentes em privação de liberdade.
Após isso, trabalhou no CRAS de Mangueirinha; também como assistente social da Unipar, no curso de Serviço Social, onde era responsável pelo estágio dos acadêmicos. Ainda, na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNIOESTE), no programa Pró-Egresso, em parceria com o conselho da comunidade, trabalhava com egressos do sistema prisional e suas famílias.
Trabalho
Aline destaca que o Serviço Social é uma formação acadêmica, que forma assistentes sociais, sendo que a área de atuação é tanto em setores públicos, quanto privados. Além disso, os profissionais podem atuar na Saúde, Assistência, Educação, em empresas privadas, hospitais, sistema prisional, entre outros.
"Assistentes sociais são profissionais que trabalham pela garantia e efetivação de direitos. Então a nossa maior bandeira é a efetivação de direitos garantidos para os usuários. As nossas bandeiras também são a igualdade e a liberdade", resume.
Ela completa que, ao contrário do que muitos imaginam, os assistentes sociais atendem não só as pessoas mais carentes, mas toda a população. "É uma profissão que busca garantir e efetivar direitos, por meio de instrumentais técnicos. Também é um profissional que trabalha na prevenção de ruptura, de vínculos, de direitos. Por exemplo: em programas atendendo questão de crianças e de idosos vítimas de violência", reitera, observando que, além da formação em Serviço Social, o profissional precisa estar registrado no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-PR).
Participação
Sobre as situações que mais lhe marcaram até então na profissão, Aline destaca os atendimentos feitos junto aos idosos. "Acompanhar um idoso, entre seus 60 e 65 anos, encaminhar um benefício para ele e conseguir que tenha acesso a um salário mínimo por mês [quando antes ele não tinha acesso a nenhum tipo de renda], é uma das situações que marcam. Mas teve vários atendimentos que já fiz e me marcaram. São pessoas que você acaba lembrando delas, da história de vida e da contribuição que, muitas vezes, tivemos de forma positiva nas suas vidas".
Ela destaca também que lhe marcou a participação que teve como assistente social na Unipar, na vida acadêmica. "Muitos dos que eram alunos, hoje são meus colegas de profissão, que estão atuando e desenvolvendo um bom trabalho enquanto assistentes sociais. Muitos estão satisfeitos e realizados na atuação, enquanto assistente social. Quando necessitam, ainda recorrem em algumas situações para pedir opinião ou algum tipo de suporte. Isso marca bastante".
Aline, ainda, parabeniza a todos os seus colegas de profissão. "Tanto os profissionais que fazem parte do quadro do Município, como também os demais atuantes em Coronel Vivida. Deixo os meus parabéns a todos. E, para a sociedade, penso que a mensagem que eu deixo é de valorização da profissão, para que as pessoas tenham acesso a um serviço de qualidade, seja ele público ou privado, por meio do atendimento de um profissional assistente social. Que quando eles tenham esse atendimento, sejam atendidos por um profissional que esteja atento às suas necessidades, para que eles sintam a importância da profissão e que eles nos valorizem enquanto profissionais".