Conheça a história da enfermeira Adinéia, que há 25 anos trabalha na saúde pública de Coronel Vivida

Adinéia é natural de Coronel Vivida (Crédito: Marilza Barbosa)

Adinéia é natural de Coronel Vivida (Crédito: Marilza Barbosa)

Natural de Coronel Vivida, Adinéia Rufatto Gubert tem 48 anos, é casada há 30 anos e tem dois filhos. Além de esposa e mãe, ela tem mais uma função que desempenha junto aos seus 46 colegas de profissão na Secretaria Municipal de Saúde, cuja atividade é essencial na vida da população: trabalhar na área de enfermagem.

Nesta quarta-feira (12), celebra-se o Dia Internacional da Enfermagem; e, em 20 de maio, o Dia Nacional do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem. Por ser a profissional que está há mais tempo em atuação nessa área na saúde pública de Coronel Vivida, o Portal Vividense a convidou para contar um pouco da sua história.

Ela, que gentilmente aceitou o convite, revela que a sua trajetória na profissão começou há mais de 25 anos, quando assumiu o concurso da prefeitura para Auxiliar de Enfermagem — em dezembro de 1995 — e iniciou as suas atividades na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro BNH. Poucos meses depois, passou a trabalhar no posto central [estrutura onde fica atualmente a UBS do bairro Madalozzo].

Adinéia, que gosta muito de estudar, concluiu o curso Técnico de Enfermagem pelo Senac, em 2001. Como não havia até então esse cargo no quadro de profissionais da prefeitura, ela conta que solicitou ao prefeito da época para incluí-lo ao quadro.

Assim, ela conseguiu fazer o concurso público e também passou para essa função, a qual seguiu até 2007 [quando foi convocada em um terceiro certame que se inscreveu, dessa vez para o cargo de Enfermeira]. Isso porque, no ano anterior, em 2006, havia se formado na graduação em Enfermagem, pela Unipar – Campus Francisco Beltrão.

Conforme Adinéia, desde então, vem "fazendo especializações e tentando exercer a profissão da enfermagem da melhor forma possível", conta, revelando que também tem Magistério, fez cinco especializações durante todos esses anos na área da Saúde, além de muitos outros cursos de menor duração, e participações em seminários e congressos.

Profissão

Quando assumiu seu terceiro concurso público, Adinéia começou como enfermeira do setor de Epidemiologia. Essa função, segundo ela, trabalha com o diagnóstico dos agravos à saúde do município, buscando, informando e alimentando os sistemas que repassam as informações ao Ministério da Saúde, Governo do Estado e outros setores.

"Informações referentes aos nascidos vivos, os óbitos, as imunizações, os agravos. Trabalhamos ainda diretamente com os pacientes portadores de vírus, como hepatite b, c, sífilis, HIV/Aids, tuberculose, hanseníase. Também diariamente com os agravos, como atendimentos antirrábicos humanos, acidentes por animais peçonhentos, intoxicações exógenas, violências, dengue, h1n1, acidentes de trabalho graves; além do mais temido no momento, o coronavírus".

Outra atribuição no setor é referente à imunização, uma vez que a Epidemiologia solicita, transfere e informa ao Ministério da Saúde as doses dos imunobiológicos de rotina do município, assim como as doses das campanhas [pólio, sarampo, multivacinações, h1n1 e a vacina da covid-19].

Como tudo começou

Mas como Adinéia resolveu seguir nessas profissões? Ela diz que tudo começou ainda quando criança, época em que morava na comunidade de Rio Quieto.

"Aos dez anos de idade, fui morar na cidade para estudar, na casa de uma família, e, nos fins de semana, voltava para o interior. Tive uma infância muito boa, jogava voleibol, futebol e bocha. Meu pai sempre levava a gente (amigos, minhas irmãs e eu) nas outras comunidades para jogar. Isso nos fins de semana, porque nos outros dias eu ficava na cidade".

Além de estudar, ela ajudava a cuidar, na casa dessa família, de uma criança com problemas de saúde. "Essa criança tinha convulsão. Então isso fez com que despertasse em mim o interesse em ingressar nessa área".

Além desse fato, que fez com que ela seguisse na profissão, Adinéia diz que foram várias as situações nessa trajetória, que lhe marcaram.

"Porém, o que mais me emocionou foi o nascimento do meu sobrinho, que acompanhei. Também o que me marcou muito foi um fato em que a mãe chegou na Unidade de Saúde com o seu filho (um bebê de dois meses) no colo e sentou na recepção. Olhei para aquele anjo no colo de sua mãe e percebi que a criança não estava bem. Imediatamente peguei a criança do seu colo, que estava em óbito. O médico e eu tentamos reanimá-la, durante 40 minutos, mas infelizmente não tivemos sucesso", lamenta.

Para quem deseja ingressar em uma das três profissões na área da Enfermagem, Adinéia destaca que "tem que amar o que faz, se dedicar, tratar as pessoas como gostaria de ser tratado e ter empatia. Digo que amo minha profissão, mas se as pessoas pretendem fazer enfermagem pensando no financeiro tem que avaliar bem, pois a categoria de enfermagem nem sempre é valorizada, pela importância e atribuições desenvolvidas. Diria que, muitas vezes, trabalhamos pelo amor à profissão", finaliza.

Nós, do Portal Vividense, parabenizamos a todos os profissionais que atuam incansavelmente nessas três profissões. Desejamos muita saúde e que Deus continue iluminando seus caminhos!

Crédito: Marilza Barbosa