Mercado das carnes registra alta na última semana

Na parcial deste ano, arroba bovina avança mais que carne

Mercado das carnes registra alta na última semana

A baixa oferta de animais para abate segue mantendo os preços da arroba em alta no mercado paulista. Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/B3 (mercado paulista, à vista) atingiu R$ 299,95, aumento de 12,28% na parcial deste ano (de 30 de dezembro de 2020 a 10 de fevereiro de 2021).

Já para a carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, a cotação também registra avanço em 2021, mas de forma bem menos intensa. Além do recuo das exportações nas primeiras semanas deste ano, a demanda doméstica da carne está enfraquecida.

Nessa quarta-feira, a carcaça casada do boi fechou a R$ 19,69/kg, à vista, com elevação de 8,72% na parcial de 2021.

Demanda por frango se aquece e preço interno reage

Nos primeiros dias de fevereiro, os preços internos da carne de frango reagiram em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Segundo os pesquisadores, as exportações brasileiras de carne de frango, depois de registrarem fraco desempenho em janeiro, voltaram a crescer nos primeiros dias de fevereiro.

No mercado doméstico, agentes indicam que a demanda também tem reagido neste mês. Esse cenário traz certo alívio a agentes do setor avícola, que, desde o final do ano passado, vinham operando em meio a estoques elevados e à baixa liquidez doméstica.

Aumenta a procura por suínos e preços do animal voltam a subir

Os preços pagos ao produtor pelo suíno vivo voltaram a subir em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, as altas estiveram atreladas especialmente ao aumento na demanda por novos lotes de animais no mercado independente.

Já quanto às exportações, tiveram forte recuo em janeiro, chegando ao menor volume desde agosto de 2019. A retração das compras por parte da China, principal destino do setor, motivou a diminuição dos embarques. Ressalta-se que essa dependência das vendas ao país asiático já preocupa a suinocultura brasileira há algum tempo e isso tem levado o setor a buscar cada vez mais novos demandantes externos.