Coronel Vivida tem produção de morangos com variedades desenvolvidas pela Universidade da Califórnia

Crédito: Jeferson Sena/Portal Vividense

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Há muitos anos, o engenheiro agrônomo de Coronel Vivida, Cid Renan Jacques Menezes, tinha o sonho de produzir morangos. Tanto que buscou acompanhar alguns produtores dessa fruta, vislumbrando a capacidade produtiva da cultura, o retorno econômico, além da boa aceitação dos consumidores, aliada à demanda na região.

O tempo passou e o sonho começou a se tornar realidade quando, em 2019, o pai do Cid Renan, Alcides de Oliveira Menezes, adquiriu uma pequena chácara, nas proximidades do Coronel Vivida Country Clube.

Dessa forma, possibilitando ao engenheiro agrônomo espaço físico para começar a planejar o cultivo.

Cid Renan conta que, com o passar do tempo, o projeto começou a tomar forma com estufa, bancadas, sistema de fertirrigação, slabs (sacos plásticos), mudas, entre outros.

"Durante esse processo, várias vezes conversei com o meu amigo e empresário, Arlei Raffaelli (Gaúcho), sobre a produção de morangos, o qual apoiava a ideia".

Nesse contexto, o engenheiro relata que se firmou parceria. De um lado Cid e seu pai Alcides, com 1.800 plantas de morango na pequena chácara.

E de outro lado Gaúcho que, também otimista com a ideia [muito pela demanda no seu negócio por morangos, uma vez que possui uma sorveteria], resolveu iniciar a construção de sua estufa com capacidade de 1.500 plantas de morango na sua residência próximo ao bairro São Cristovão.

Sistema

O sistema de cultivo adotado pelos amigos é o semi-hidropônico. Ou seja, as mudas são plantadas em slabs, com substrato de materiais orgânicos compostados e esterilizados, vermiculita e casca de arroz carbonizada. Já a nutrição é feita via sistema de fertirrigação, por meio de fitas de gotejo.

Já as variedades de morangos cultivadas, conforme Cid Renan, são San Andreas e Albion, ambas desenvolvidas pela Universidade da Califórnia.

"As mudas para o plantio chegaram em Coronel Vivida, vindas do Viveiro Agrícola Llahuen, localizado no Chile".

Para o controle de pragas e doenças, ele explica que a ideia é fazer o uso de produtos naturais e biológicos liberados na agricultura orgânica.

Custo

O custo de implantação do sistema semi-hidropônico é mais elevado, em comparação com o convencional.

No entanto, o engenheiro agrônomo destaca que esse sistema tem vantagens para o trabalhador, o qual realiza todos os manejos em pé, diminuindo a penosidade do trabalho.

"Em questões técnicas, a fertirrigação por gotejo localizada tem alta eficiência no aproveitamento de fertilizantes e no uso da água, além de menor uso de energia. Ainda, por ser um cultivo protegido e suspenso, sem contato com o solo, as plantas tendem a apresentar menos doenças e menor incidência de pragas, permitindo assim menor uso de insumos para o controle fitossanitário".

Sem contar que a eficiência técnica do sistema transmite para a cultura mais produtividade, frutos sadios, bem formados, com maior tempo de prateleira e com boa aceitação pelo consumidor.

Quantidade

No momento, em sua estufa, Cid Renan revela que são colhidos cerca de 80 quilos de morangos por mês. Com as duas estufas, por sua vez, a meta é ultrapassar os 300 quilos por mês no auge da safra.

A comercialização dos morangos está sendo feita com a marca Ramada Morangos, em bandejas de 250g. Contudo, ele conta que em breve também haverá opções de bandejas, em 500g e 1.000g.

Os interessados podem adquirir diretamente com o produtor, por meio da página no Instagram: @ramada_morangos.

O engenheiro agrônomo diz que, para o futuro, já se discute a possibilidade de aumentar a produção. "Os amigos têm consciência que, neste caso, exige-se nível de organização maior, uma vez que todos os envolvidos não se dedicam única e exclusivamente para a produção dos morangos. O que não se discute é a gratidão por todos que já experimentaram os morangos da Ramada", finaliza.

Crédito: Jeferson Sena/Portal Vividense

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