Polícia Civil de Coronel Vivida orienta população sobre as fake news

Polícia Civil de Coronel Vivida orienta população sobre as fake news

Tendo em vista o período de eleições, a Polícia Civil de Coronel Vivida [a qual também atende ao município de Honório Serpa] orienta a população a sua maior preocupação, que são as "Fake News", ou seja, notícias falsas.

"Disseminadas principalmente pela internet, em eleições municipais essas informações podem ter peso muito maior, se comparado com eleições referentes à presidência da República, que já tiveram grande peso", diz o delegado Rômulo Ventrella.

Ele destaca que as notícias falsas podem ter grandes repercussões, influenciando, inclusive, no resultado das eleições de um município de pequeno porte, "como são os casos de Honório Serpa e Coronel Vivida, atendidos pela delegacia local".

Até então, conforme o delegado, neste ano não houve registro de boletim de ocorrência relacionado a ataques a partidos ou candidatos, que possam refletir nessas eleições.

Ele afirma que a Polícia Civil mantém seu trabalho rotineiro durante o período eleitoral. "Lembrando que a Polícia Civil atua de forma supletiva à Polícia Federal, que essa é quem tem a atribuição para investigação de crimes eleitorais. Mas naquelas circunscrições, em que não possui delegacia da Polícia Federal, acaba a PC atuando de forma supletiva nas investigações de crimes eleitorais".

Contudo, Ventrella acrescenta que, caso ocorra crime eleitoral, haverá esforço para que seja rapidamente solucionado. "Para tanto, contamos com o apoio contra as "fake news" do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), de Curitiba, que nos auxilia no know-how".

Orientações

O delegado de Coronel Vivida destaca que as pessoas, que criarem "fake news" — ou mesmo vierem a propagá-la para terceiros, cientes de que se trata de algo falso —, poderão ser responsabilizadas criminalmente.

"Se a questão não tiver nenhuma relação com o pleito eleitoral, o crime poderá ser enquadrado a depender da situação no Código Penal, nos chamados crimes contra a honra [como injúria, calúnia ou difamação]. E, se relacionados com o pleito eleitoral, poderão responder por crimes específicos no Código Eleitoral, que trata justamente das chamadas "fake news"".

Por outro lado, as pessoas que receberem e compartilharem conteúdo, sem saber que se trata de algo falso, não serão responsabilizadas. "Todavia elas têm o dever cívico de procurar, de checar a informação que recebe, para então poder passar a terceiros. Lembrando que aqueles que, mesmo sabendo que é falsa a notícia e a repassa, será responsabilizado criminalmente".

Assim, o delegado diz que a principal orientação à população é que sempre verifique a notícia [colocada sobretudo na internet] se é verdadeira, antes mesmo de passá-la para terceiros.

"Algumas notícias tendenciosas — pró ou contra determinado candidato — devem ser sempre vistas com desconfiança. Por isso, é sempre bom checar junto a órgãos oficiais, à imprensa idônea [que é conhecida do público] se aquilo que está sendo propagado é verdadeiro ou não. Porque, muitas vezes, as pessoas recebem uma notícia falsa e, sem mesmo checar se é verdadeira ou não, de forma às vezes irrefletida, transmite a terceiros, o que acaba gerando a corrente das "fake news". Então é muito importante que a população verifique antes a veracidade das notícias, tanto para o seu próprio conhecimento, como também evitando que outra pessoa venha a ser ludibriada com as falsas notícias".