Projeto 'É conversa de mulher!' completa um ano em Coronel Vivida

Da esquerda para a direita: Jéssica, Marise e Marty (Crédito: Acervo pessoal)

Da esquerda para a direita: Jéssica, Marise e Marty (Crédito: Acervo pessoal)

Buscando ajudar as mulheres a se desenvolver de várias formas, Marty Donel, idealizou o projeto "É conversa de mulher!" em Coronel Vivida. A iniciativa começou a ser pensada em junho de 2019. Contudo, foi em agosto que se concretizou, em parceria com as co-idealizadoras, Marise Isotton Mior Medeiros e Jéssica Piva.

A iniciativa surgiu após uma imersão em um evento, que se chama "Dona de mim", em Curitiba, o qual abordava o empreendedorismo feminino.

As três participaram na ocasião e, a partir daí, "a vontade de descontruir padrões de competitividade e rivalidade feminina, unida ao nosso exemplo (somos muito diferentes e, mesmo assim, construímos uma amizade muito especial) nos fez idealizar o "É conversa de mulher!"", diz Marty.

O projeto visa formar uma grande rede de sororidade e volta-se a mulheres que desejam firmar ou emancipar-se financeira e emocionalmente, "criando identidade autêntica, livre de preconceitos sociais e estereótipos pré-estabelecidos por crenças limitantes e sistemas patriarcais", explica Marise.

Ela acrescenta que o objetivo não é "empoderar" ninguém, "pois acreditamos que o poder já existe dentro de cada uma e só precisa ser instigado com amor, confiança, autoconhecimento e ação, para colocar suas potencialidades no mundo".

Como funciona

O "É conversa de mulher!" desenvolve uma jornada de palestras teóricas e vivenciais, com temas de autoconhecimento holístico e sistêmico, gestão financeira, tendências de mercado, posicionamento nas mídias sociais, consumo consciente e inteligência emocional.

Além das próprias experiências das idealizadoras [Marty é terapeuta holística e administradora; Marise é advogada e consteladora sistêmica; e Jéssica é naturoterapeuta e especialista em mídias sociais], as palestras também contam com "exemplos reais de mulheres, que dividem conosco suas histórias e experiências", diz Marise.

Ao todo, neste primeiro ano, o projeto aconteceu em três edições. Todas elas também em parceria com Karoline Mior, Ariane Paula Menegussi Fornari e Tina Galvão.

Ainda, contou com as participações das palestrantes Giovana Galvão Branchi e Anna Deflon, na primeira edição; Jeniffer de Albuquerque, da primeira e segunda edições; e Lorenza Macedo e Cleunice Kurpel de Andrade, ambas de Chopinzinho, que estiveram na segunda e terceira edições como cases de sucesso.

Edições

Somadas entre as três edições, 135 mulheres da região participaram do "É conversa de mulher!", além das próprias participantes. De acordo com Marty, a primeira ocorreu em Coronel Vivida, entre agosto e outubro de 2019, com seis encontros quinzenais.

Esses seis encontros "foram com o mesmo grupo, que iniciou com 64 mulheres. A princípio disponibilizamos 40 vagas, mas acabamos aumentando em razão da grande receptividade".

Também em Coronel Vivida, a segunda edição foi realizada no formato de imersão, no dia 26 de janeiro deste ano, das 8h às 20h, com 34 inscritas. Por fim, a terceira edição ocorreu em Pato Branco, no Dia da Mulher, em 8 de março, em formato de imersão e com a adesão de 37 participantes.

Pandemia

Mesmo com o período de pandemia do novo coronavírus, o projeto continua acontecendo. Conforme Jéssica, "a gente precisou de um tempo para organizar os sentimentos. Afinal, todas experienciamos dificuldades com a chegada da pandemia. Entretanto, desde 11 de junho estamos fazendo lives semanais no Instagram, todas as quintas-feiras, às 21h, no @econversademulher".

Jéssica informa que o "É live de mulher!" consiste em um espaço livre, para mostrar tudo o que elas fazem, quais são os seus propósitos e no que acreditam. "Foi o formato que encontramos para continuar nos conectando com mulheres, inspirando e aprendendo".

Segundo ela, qualquer mulher pode participar das lives e falar sobre o assunto que quiser, e não "necessariamente conosco, idealizadoras. Já tivemos alguns episódios em que duas mulheres, que não fazem parte da organização do projeto, usaram o espaço".

Avaliação

Quando questionadas se o projeto é permanente, elas não titubeiam: "Não pretendemos parar nunca", diz Marise, que avalia esse primeiro ano como o mais positivo possível.

Ela lembra que "é trabalhoso, demanda tempo, energia e dedicação [inclusive, tudo foi planejado no quarto tempo do nosso dia], mas acompanhar os efeitos, as curas e os movimentos que experienciamos juntas é incrível".

Ao final dos encontros as participantes têm espaço para avaliar o projeto de forma anônima, a fim de buscar sempre melhorar. "As avaliações são extremamente positivas. Obviamente alguns apontamentos e sugestões, que visam melhora existem, e recepcionamos com muita gratidão, pois este é o nosso propósito: evoluir", observa Marise.

Ela completa que o mais gratificante de todo o movimento "é percebemos a união de mulheres tão diferentes — idade, profissões e formação escolar —, mas que estão lá em posição horizontal de igualdade e auxílio mútuo", avalia, agradecendo a todas que confiaram e confiam no projeto. "Sem vocês, o "É conversa de mulher!" não existiria".