O Boletim Semanal de Conjuntura, referente à semana de 9 a 14 de agosto, destaca nesta sexta-feira (14) o Valor Bruto da Produção (VBP) paranaense de 2019, que fechou em R$ 97,7 bilhões. O boletim é elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná,
O VBP é um índice de frequência anual, calculado com base na produção agrícola municipal e nos preços recebidos pelos produtores paranaenses.
Ele engloba cerca de 350 produtos da agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas, medicinais e ornamentais, pesca, entre outros.
A produção de grãos, cereais e proteínas animais, em que o Paraná tem mostrado cada vez mais projeção, contribuem com os principais indicadores para a formação do VBP. No entanto, outros setores da agropecuária paranaense também dão a sua contribuição.
O boletim desta semana, ao abordar a fruticultura, diz que sua participação na formação do valor tem variado conforme os anos, posicionando-se entre 1% e 2%. Como exemplo, cita a safra 96/97, quando o peso do setor foi de 2,6%. No último índice, no entanto, ficou em 1,6%, gerando um volume financeiro de R$ 1,6 bilhão. Entre as principais frutas, o destaque é o segmento da citricultura.
GRÃOS
A soja gerou valor de R$ 19,9 bilhões no VBP paranaense, garantindo-se como o produto com maior participação, fechando em cerca de 20%, ainda que o clima tenha afetado a cultura na safra 2018/2019. O trigo, por sua vez, volta o olhar para o futuro. O déficit hídrico não é favorável. O desenvolvimento das lavouras, que tinham porcentual de 88% em condições boas na semana passada, baixou agora para 83%.
O milho, que também tem participação significativa na formação do VBP paranaense, conseguiu avançar a passos largos em termos de colheita. Da segunda safra, já foram colhidos 51% da área total de 2,3 milhões de hectares e a produtividade é de 5.100 quilos por hectare. O preço também tem sido atrativo para o produtor.
CAFÉ
Nesta semana, seguindo a tendência dos últimos dias, com clima quente e seco, foi possível caminhar rapidamente na colheita do café, que já atingiu 92% da área. As condições climáticas contribuem, ainda, para melhoria da qualidade dos grãos em termos de bebida.
O boletim traz também informações sobre as perspectivas para a produção brasileira de feijão e de mandioca. Em relação à suinocultura e à pecuária e avicultura de corte, a análise centra-se mais sobre a questão de mercado.
O documento analisa, ainda, a situação do gengibre, que é cultivado em 122 hectares e produz 1.322 toneladas no Estado.