A projeção paranaense na suinocultura não se restringe à criação e exportação de carne. No primeiro semestre deste ano o Paraná, juntamente com São Paulo, se destacou também na venda ao exterior de suínos reprodutores de raça pura. Foram os dois únicos estados a se dedicarem a essa atividade. Dados do Agrostat, plataforma que acompanha o setor no comércio exterior, do Ministério da Agricultura e Pecuária, mostram que São Paulo liderou as receitas do segmento com US$ 314 mil, o que representa 79% do valor total. O Paraná ficou com 21%, ou US$ 83 mil.
O Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de julho a 1º de agosto, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, aponta que neste ano dois países adquiriram os suínos brasileiros para aprimoramento genético de rebanhos: Argentina e Paraguai.
A Argentina investiu 89% dos recursos destinados a suínos reprodutores de raça pura no Estado de São Paulo (US$ 314 mil) e o restante (US$ 39,7 mil) no Paraná. Já os paraguaios concentraram 100% de suas compras no plantel paranaense, deixando US$ 43,3 mil no Estado.
No sentido contrário, o Brasil investiu US$ 2,3 milhões na importação de suínos de alto valor genético no primeiro semestre de 2024. São Paulo também liderou esse ranking com US$ 918 mil na compra de animais dos Estados Unidos, Canadá e França. Minas Gerais pagou US$ 831 mil por suínos da Dinamarca, enquanto o Paraná buscou alta genética na Noruega e Canadá, por US$ 627 mil.
"O Brasil investe continuamente no setor devido ao aporte de granjas especializadas em genética, que trazem ao País suínos reprodutores com características aprimoradas de desempenho, qualidade da carne e reprodução", disse a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, analista de suinocultura do Deral. "Esse investimento é essencial para melhorar a produtividade do rebanho nacional e manter a competitividade do país na produção global de suínos".