Conviver com uma dor severa ininterrupta pode comprometer a qualidade de vida de qualquer pessoa.
Combater e eliminar um quadro tão grave nem sempre é possível apenas com tratamentos tradicionais, como à base de medicamentos, por exemplo.
Para esses casos mais complexos, uma alternativa relativamente nova é a implantação de neuroestimuladores na medula, técnica que, no Brasil, é utilizada há cerca de dez anos.
Esse foi o assunto da edição 26 do Reverberando, transmitida ao vivo no YouTube na noite de quarta-feira (11).
Lyncon Busatta, Mateus Guima e Thiago Denardi conversaram com o neurocirurgião Cleverson Galvan, de Pato Branco. Ele faz o procedimento cirúrgico para implantar o estimulador medular.
De acordo com o médico, na maioria dos casos, a tecnologia elimina completamente a dor. Num cenário menos favorável, mas ainda assim muito positivo, ocorre uma redução significativa, o que, para muitos pacientes, já é suficiente devido à complexidade e intensidade da dor com que convivem.
Galvan explica que todas essas possibilidades são minuciosamente expostas à pessoa antes de o procedimento ocorrer. Além do mais, a utilização do neuroestimulador é a última alternativa do médico. É assim porque, apesar de segura, a colocação ocorre por cirurgia e, também, devido ao custo alto do equipamento.
Galvan explicou detalhadamente a tecnologia, respondeu perguntas da audiência e contou algumas experiências de sucesso com pacientes.
Uma das mais recentes e marcantes é a utilização de neurotransmissores em uma paciente com um quadro de "dor fantasma", em um membro que ela não tem mais.
A mulher teve uma das pernas amputadas por causa de um trauma. Desde então, sentia dores extremas no membro, mesmo sem tê-lo. De acordo com o médico, a vida dela mudou completamente após a colocação do estimulador medular.
Assista, abaixo, a edição 26 do Reverberando: