Crédito: Portal Vividense
Em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (1º), na Associação Empresarial de Coronel Vivida (Acivi), o prefeito Anderson Barreto esclareceu à população vários questionamentos que vêm sendo feitos sobre o decreto baixado pelo Governo do Estado, na última sexta-feira (26), que consiste no lockdown parcial nos 399 municípios do Paraná.
Acompanhado do vice, Gabeira; do secretário municipal de Saúde, Vinicius Tourinho; e do presidente da Acivi, Paulo Roberto da Silva, Barreto lembrou que na semana anterior foi publicado decreto municipal, o qual também se encontra vigente.
"Temos ouvido muito, desde a última sexta-feira quando o decreto estadual foi publicado, que nós [enquanto Município] poderíamos revogar esse decreto do Estado; ou então flexibilizá-lo. Isso de momento é muito difícil, embora nosso departamento jurídico esteja analisando. Mas, de momento, não é possível devido ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), do ano passado, o qual vincula o cumprimento a todos os municípios do estado", disse, acrescentando que, caso não haja redução no número de casos, não descarta a possibilidade de fechamento total [o que, neste caso, é permitido pelo STF].
Ele destaca que o momento em que Coronel Vivida está passando é de calamidade, por conta da pandemia de covid-19.
"Temos observado que não há mais leitos disponíveis no Paraná, seja em enfermaria ou UTIs. Segundo informações, até o meio-dia de hoje 555 pacientes com covid-19 aguardavam um leito de hospital. Desses, 333 leitos em enfermaria e 222 leito de UTI. Em todo o Estado, a ocupação hospitalar já chega a 98%", afirma.
Barreto afirma que, em Coronel Vivida, não é diferente. "O Instituto Médico Nossa Vida está de momento com ocupação máxima. A crise na saúde, que vivemos hoje, considero a maior já vivida na sociedade moderna. Caso todos não obedeçam aos cuidados mínimos de prevenção, o quadro provavelmente poderá se agravar e, muito".
Por isso, segundo ele, o Município está adotando todas as medidas necessárias para que o vírus não se prolifere ainda mais em Coronel Vivida.
"Estamos com equipes de vigilância sanitária de fiscalização, correndo aos quatro cantos do nosso município; estamos fazendo uma efetiva fiscalização, justamente porque não queremos que os índices de contaminação aumentem, tendo em vista a falta de vagas em hospitais que temos observado".
Durante a coletiva, ainda, ele pede à população e aos segmentos afetados, "que tenham um pouco de paciência. Reconhecemos a dificuldade enfrentada e reconheço que vocês terão, sim, prejuízo econômico. Sou muito sensível à causa de vocês, mas quero reiterar que, enquanto Município, não temos condições legais, salvo se houver novo entendimento do STF, para ir contra o decreto do Governo do Estado".
Ele finaliza: "Juntamente com os demais prefeitos da região, estamos buscando achar alternativas e possibilidades legais para que, eventualmente, venha a buscar entendimento; e, quem sabe, seja flexibilizado o decreto. Contudo, de momento, infelizmente não há essa possibilidade".
