Coronel Vivida vacina primeira profissional de saúde contra o coronavírus

Silvana foi a primeira profissional de saúde de Coronel Vivida a receber a dose, aplicada pela também enfermeira Dirceia (Crédito: Sandra Czarnobay/Assessoria PMCV)

Silvana foi a primeira profissional de saúde de Coronel Vivida a receber a dose, aplicada pela também enfermeira Dirceia (Crédito: Sandra Czarnobay/Assessoria PMCV)

No final da tarde desta terça-feira (19), logo após o recebimento das 585 doses da vacina contra a covid-19, em Pato Branco, foi realizada na Unidade de Saúde Central de Coronel Vivida a imunização da primeira profissional de saúde do município.

A enfermeira Silvana Matiollo foi quem recebeu a primeira dose, aplicada pela também enfermeira Dirceia Borges.

O ato simbólico, que dará início às demais imunizações, contou com as presenças do prefeito Anderson Barreto, do vice Olmar Wessolowski (Gabeira), dos vereadores Tássia Castelli, Dorian Pasqualotto e Adelino Guimarães, além de profissionais da saúde.

Conforme o secretário da pasta, Vinicius Tourinho, os outros 149 profissionais da saúde [que atuam na linha de frente no enfrentamento ao coronavírus] receberão a primeira dose já nesta quarta-feira (20), na Unidade de Saúde Central, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e no Instituto Médico Nossa Vida (IMNV).

Quanto às demais doses (435), destinadas aos povos indígenas, também começarão a ser aplicadas amanhã. Contudo, nesse caso, a previsão é que sejam finalizadas nos próximos três dias.

Para o prefeito Anderson Barreto, "recebemos essas primeiras doses com muita alegria e expectativa. Claro que nesse primeiro momento essas doses serão para imunizar o pessoal da linha de frente da Saúde e os indígenas. Mas ficamos na expectativa e no anseio de que, em breve, possamos também atender o maior número de pessoas, para que retornemos à normalidade da vida".

Sobre os demais grupos, o secretário de Saúde pede a compreensão, que logo todos serão imunizados. "A projeção do Governo do Estado é que grande parte da população seja imunizada até maio deste ano, com quatro milhões de doses aplicadas, isso levando em consideração que o estado tem mais de 11 milhões de pessoas. Com isso, vai desafogar os hospitais, diminuir os óbitos".

Cuidados

Referente ao atual momento da covid-19 no município, Vinicius afirma que Coronel Vivida teve o aumento esperado no começo do ano, "devido às férias, fim de ano e viagens. Mas agora começou a reduzir novamente. Os casos ativos estão diminuindo dia após dia, e só vamos conseguir isso com a prevenção; máscaras e álcool em gel. Não podemos nos descuidar, pois, a partir do momento que nos descuidarmos, esse número voltará a subir".

Escolha

Silvana, que foi a primeira profissional a ser imunizada no município, é enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Ela conta que foi convidada a ser a primeira a receber a dose, "pois fui a primeira profissional da UPA contaminada".

A enfermeira informa que foi positivada para a covid-19 no início da pandemia. "Estava com muito medo de me contaminar novamente. Porque quando isso aconteceu não achava que teria os sintomas que tive. Sabia que, em algum momento, por mais que tivesse adotado todos os cuidados, correria o risco de me contaminar, já que numa emergência um paciente chega [contaminado ou não] e nós atendemos. Faz parte da minha profissão".

Simone diz que na época, a princípio, teve sintomas leves, como muita dor de cabeça. "Três dias em diante só progrediu. Fiquei quase 20 dias isolada, para conseguir retornar bem ao trabalho, em segurança para mim, aos meus colegas e aos pacientes. Tive sintomas que considero moderados. Não precisei internar, nem UTI, consegui ficar em casa. Mas tive sintomas ao ponto de não conseguir iniciar e terminar um banho, de tanto cansaço e falta de ar. De caminhar um pouco e já cansar. De não conseguir almoçar normalmente".

Ela acrescenta que, após receber a primeira dose, "me sinto bem, 100%. Não mais com medo de me contaminar. Sei que é ainda uma primeira dose, que terei que manter todos os cuidados. Mas acho que aumenta a esperança de que 'estou imune e nunca mais vai acontecer'", disse, finalizando que a aplicação foi super tranquila.

Crédito: Sandra Czarnobay/Assessoria PMCV

Crédito: Sandra Czarnobay/Assessoria PMCV

Crédito: Paloma Stedile/Portal Vividense