A forte demanda de grandes agroindústrias por novos lotes de suínos no mercado independente e a oferta reduzida de animais em peso ideal de abate mantêm em alta os preços do vivo.
Com isso, em algumas praças levantadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as cotações do animal seguem renovando o recorde real da série.
Já no atacado, a demanda doméstica pela proteína se enfraqueceu nos últimos dias. Além de esta ser a segunda quinzena de novembro, período em que geralmente o poder de compra da população diminui, os elevados valores da carne afastam parte dos consumidores, contexto que tem impedido novas valorizações da proteína – em algumas regiões, inclusive, os preços registram quedas pontuais.
Após o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 ter atingido R$ 292,00 no dia 11 deste mês, os valores da arroba se enfraqueceram nos dias seguintes.
Muitos frigoríficos, especialmente os que trabalham apenas com o mercado doméstico, postergam as compras de novos lotes de animais nos atuais patamares.
Com isso, esses agentes se afastam do mercado, trabalham com escalas curtas e adquirem lotes apenas quando há necessidade. No entanto, a oferta de animais prontos para abate ainda é muito baixa, contexto que limita quedas mais intensas nos preços de negociação. Nessa quarta-feira, 18, o Indicador CEPEA/B3 fechou a R$ 282,15, com recuo de 3,37% frente à quarta-feira anterior, 11. No acumulado da parcial de novembro, no entanto, ainda se verifica avanço nos valores, de 1,35%.