Aliar um curso técnico ao Ensino Médio pode ser bastante vantajoso. Isso porque, além de concluir os estudos regulares, possibilita com que o estudante esteja capacitado para mais oportunidades no mercado de trabalho.
No Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Coronel Vivida, os estudantes que estão concluindo o 9º ano do Ensino Fundamental têm duas opções de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio: Administração e Cooperativismo.
Ambos estão com inscrições abertas até nesta quinta-feira (20). Tanto a inscrição, como todo o período de cursos são gratuitos. Para se inscrever, basta acessar o site https://bit.ly/33vT4p9. Já no endereço https://bit.ly/34SaYCK pode ser consultado o edital com todas as informações.
De acordo com a instituição de ensino, o processo seletivo não terá prova nesse ano. "Devido à crise sanitária da covid-19, os inscritos participarão de um sorteio público, que ocorrerá no dia 2 de fevereiro, e será transmitido ao vivo pelas redes sociais do campus", informa.
Mas, o que se aprende nos cursos?
De acordo com Laís Vieira, moradora de Coronel Vivida [que está ingressando no 2º ano do técnico em Administração do campus], nesse curso os estudantes aprendem a organizar; gerenciar; coordenar e orientar áreas de uma empresa, como recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos. "Além da administração, temos outras matérias e componentes, que são extremamente importantes, como a contabilidade básica".
Ela recomenda os cursos técnicos que o IFPR proporciona, acrescentando que, além deles, na instituição há minicursos, "projetos que nos trazem experiências extraordinárias. Eu mesma sou bolsista do programa institucional de Iniciação à Pesquisa Científica PIBIC JR. IFPR/CNPQ, na área de filosofia, e posso dizer que é incrível".
Cooperativismo
Kevyn Zornita de Quadros, morador de Chopinzinho, está ingressando no 3º ano do técnico em Cooperativismo no IFPR de Coronel Vivida. Ele conta que, geralmente, as pessoas entendem que o cooperativismo ocorre somente em cooperativas agrícolas ou de crédito.
Entretanto, segundo ele, o cooperativismo pode ser aplicado em qualquer área de trabalho ou negócio. O estudante descreve que, durante o curso, o conteúdo baseia-se em valores do modelo de associativismo, como ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade.
"Deste modo, aprendemos como é aplicado isso dentro das cooperativas e outras formatações de negócio. Do mesmo modo, conhecemos maneiras de acrescer os mesmos valores em nossas atitudes e nos outros âmbitos da vida", afirma, acrescentando que recomenda o curso para outros jovens, uma vez que "percebo também grande evolução particular, enquanto indivíduo social. Foi uma das melhores decisões que já tomei, por conhecer a educação gratuita pública de ensino de qualidade de perto".
Isadora Bortolini também é aluna de Cooperativismo e está chegando ao 3º ano de curso. Ela conta que, dentre as disciplinas, que mais se interessou até então, foi a de Cooperativas Agroindustriais e Agricultura Familiar.
Nela, "pude aprender mais sobre a produção orgânica de alimentos, alternativas de trabalho industrial, que não prejudiquem o meio ambiente, além de conhecer sobre o cooperativismo e a agricultura familiar na minha cidade. Também aprendemos informática básica, contabilidade, auditoria, entre outros".
A adolescente completa que o curso abre muitas portas e dá muitas possibilidades aos alunos. Nesses dois anos, conforme Isadora, ela pode fazer intercâmbios on-line para projetos em diferentes campi do Paraná e também fora, como o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).
Ela ainda destaca que, no final de 2021, surgiu um projeto de internacionalização entre o IFPR Campus Palmas, Coronel Vivida e a Universidad Nacional Arturo Jauretche (UNAJ), de Buenos Aires.
"Ele consistia em apresentar um protótipo de uma casa totalmente sustentável. Junto do meu colega Kevyn Zornita, apresentei um projeto de uma Ecomoradia, que avaliado pelos professores da UNAJ, ficou entre os três melhores. O projeto segue e, neste ano, começaremos a produzir um artigo bilíngue".
A estudante ainda observa que, dentro do campus, há o Núcleo de Arte e Cultura e o Núcleo de Educação em Direitos Humanos. Ambos têm por objetivo promover ações e projetos de pesquisa, ensino, extensão e inovação ligadas à temática.
"O IF é um lugar mágico. Me faz muito bem, por ser um ambiente acolhedor. Foi através do campus [com a motivação dos meus colegas e professores], que toquei violão para alguém além de mim. Depois, quando os professores trouxeram a banda Pigs and Diamonds para um show exclusivo, meu colega Leonardo Rodrigues e eu "abrimos" o show tocando guitarra. A música é essencial na minha vida e sou grata ao IF por ter essas oportunidades de mostrar o que eu gosto de fazer", finaliza.
Portal Vividense