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Segurança

Júri condena a 31 anos de prisão autor de feminicídio ocorrido em Guarapuava


Crédito: Reprodução

Na noite desta segunda-feira (10), o Tribunal do JĂșri de Guarapuava, no Centro Sul do estado, condenou a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão Luis Felipe Manvailer, denunciado pelo Ministério PĂșblico do ParanĂĄ pela morte da esposa [Tatiane Spitzner] em julho de 2018.

O Conselho de Sentença acolheu as teses do MPPR e reconheceu que o réu matou a esposa mediante asfixia (causada por esganadura) e depois a jogou da sacada do apartamento onde residiam.

O caso de violĂȘncia doméstica ganhou repercussão nacional e resultou na edição de lei que estabeleceu a data do crime – 22 de julho – como o Dia de Combate ao FeminicĂ­dio no estado. O julgamento teve inĂ­cio no dia 4 de maio e o regime inicial de cumprimento da pena é o fechado.

Todas as alegações sustentadas pelo Ministério PĂșblico em plenĂĄrio foram acatadas pelos jurados, que reconheceram a prĂĄtica de homicĂ­dio qualificado (feminicĂ­dio, motivo fĂștil, uso de meio cruel e morte mediante asfixia) e fraude processual (por ter removido o corpo da vĂ­tima do local da queda e limpado vestĂ­gios de sangue deixado no elevador). O JuĂ­zo determinou ainda o pagamento de R$ 100 mil em danos morais aos familiares da vĂ­tima.

ViolĂȘncia

Conforme a denĂșncia, no dia do crime, após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, o réu passou a agredir a vĂ­tima, sendo boa parte dos fatos registrada por câmeras de segurança do prédio onde o casal residia.

Ao final das agressões, ainda segundo a ação penal, a mulher, jĂĄ morta, teria sido lançada da sacada do apartamento pelo denunciado – tese comprovada pelo Laudo de Necropsia e pelo Laudo Anatomopatológico.

O réu, agora condenado, foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava – e a cerca de 50 quilômetros da fronteira do paĂ­s com o Paraguai. Ele deve seguir detido, sem o direito de recorrer em liberdade.

Redação com MPPR

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