IDR-Paraná e Simepar alertam agronegócio para risco de geadas no Estado

Temperaturas baixas previstas poderão causar impactos negativos em culturas como hortaliças, tomate, milho, café, pastagem e frutíferas tropicais, entre outras

IDR-PR

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O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR) e o Simepar – Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná alertam que há previsão da chegada de uma forte massa de ar polar que deve provocar frio intenso em todo o Estado, no período de 27 de julho a 01 de agosto. Estão previstas geadas nas madrugadas de quarta (28), quinta (29) e sexta-feira (30), principalmente nas regiões Sudoeste, Sul, Central e Campos Gerais.

As temperaturas baixas previstas poderão causar impactos negativos em culturas como hortaliças, tomate, milho, café, pastagem e frutíferas tropicais, entre outras. Porém, alguns cuidados podem ser adotados pelos agricultores para reduzir os efeitos.

MILHO

Segundo coordenador de Grãos do IDR-Paraná, Edivan Possamai, a proteção não é viável no caso do milho por tratar-se de uma cultura de verão. A dica é que o agricultor mantenha sempre sua lavoura assegurada e que verifique o zoneamento de risco climático, para que o plantio seja feito na época certa e, assim, não corra o risco de perder o seguro.

GADO

Na pecuária de corte um dos principais problemas está na falta de pasto para alimentar os animais. A coordenadora de Pecuária de Corte do IDR-Paraná, Kátia Gobbi, informa que na região Norte e Noroeste, por exemplo, os pastos já acabaram por causa das secas e, também, das geadas.

A opção seria a suplementação com volumosos conservados (silagem, feno) e concentrada (milho, farelo de soja, etc). Mas o produtor precisa se organizar com antecedência, e é fundamental calcular a viabilidade econômica do sistema produtivo, já que são ações com maior custo em relação ao pasto. Nas regiões mais frias do Estado há, também, a opção das gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio.

FRUTAS

O coordenador de Fruticultura do IDR-Paraná, Eduardo Augustinho, explica que nas plantações de frutas os cuidados podem ser evitar o uso de Dormex, utilizar fumaça para aquecimento, a irrigação e manter as áreas limpas.

OLERICULTURA

Umas das culturas mais sensíveis às geadas, as folhagens precisam de muita proteção nestes dias mais frios. De acordo com Paulo Hidalgo, coordenador estadual de Olericultura do IDR-Paraná, algumas ações podem ajudar: cultivo protegido, que consiste em fechar o entorno das estufas; suspender a irrigação alguns dias antes, para evitar a formação de gelos nas folhas; aquecer as estufas usando o carvão e monitorar este aquecimento durante toda a noite e madrugada.

Em campo aberto a proteção é um pouco mais complexa, mas algumas medidas podem ajudar. Entre elas, cobrir os canteiros de folhagem com TNT e fazer o aquecimento com fumaça. Outra prática que pode contribuir para proteção de olericultura em campo aberto é a pulverização folear com sal, sistema que, se aplicado com antecedência, pode diminuir o ponto de congelamento das folhas.

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